O congelamento de sêmen é uma alternativa para pacientes que vão se submeter a tratamento oncológico, realização de vasectomia, ou qualquer outra condição que possa comprometer sua fertilidade. As amostras são congeladas em um meio crioprotetor – que impede a formação de cristais e reduz os danos que o congelamento causa às células – e mantidas em nitrogênio líquido à temperatura de -196ºC, podendo permanecer congeladas por tempo indeterminado.
Amostras de sêmen podem ser congeladas como uma espécie de seguro, garantindo, no futuro, a obtenção de espermatozoides viáveis, que não foram expostos aos agentes agressores. É o caso, por exemplo, de homens que decidem realizar uma vasectomia, ou seja, se tornar estéreis. Muitos têm o objetivo de evitar filhos no presente, mas não desejam excluir a possibilidade de uma a gestação mais adiante. Além disso, o congelamento de sêmen também é de grande importância para casais que já estão realizando o tratamento de reprodução assistida quando não existe a possibilidade do homem estar presente no dia da coleta de óvulos da esposa.
Fora as amostras congeladas para uso próprio, no banco de sêmen também são armazenadas amostras de doadores que serão utilizadas por casais cujo homem não produz espermatozoides ou por mulheres sem parceiro. A doação de sêmen tem como objetivo propiciar o tratamento da infertilidade conjugal na ausência total de espermatozoides ou por risco de transmissão de doenças genéticas de origem paterna. Além disso, permite também a realização da maternidade àquelas mulheres sem parceiro.Segundo a resolução CFM nº 2.294/21, a doação de gametas somente pode ser realizada a partir da maioridade civil, permanecendo o limite de 45 anos para homens. A regra geral é de anonimato entre doador e receptor de material genético, mas a atual resolução abre exceção à doação de gametas por parente de um dos parceiros de até quarto grau, desde que não incorra em consanguinidade.