Para dar início ao processo, uma mulher de idade inferior a 37 anos que necessite do tratamento de fertilização in vitro para engravidar ou que por algum motivo deseja congelar seus óvulos, deve concordar em ceder, de forma anônima, parte dos seus óvulos coletados. A idade máxima é estipulada, pois, geralmente, mulheres com menos de 37 anos produzem uma quantidade de óvulos suficiente para compartilhar, sem prejuízo do seu próprio tratamento. Desta maneira mulheres que perderam a função dos ovários podem ter a chance de engravidar através do tratamento fertilização in vitro realizado com os óvulos de uma doadora. Isto é o que chamamos de compartilhar a VIDA.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina estipulou normas éticas para a orientação do processo de doação de óvulos, que determina que a doação não deve ter caráter lucrativo, o anonimato da doadora deve ser preservado, com exceção da doação por parente de um dos parceiros de até quarto grau, desde que não incorra em consanguinidade. Além disso, as clínicas especializadas devem manter, permanentemente, um registro clínico geral com as características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores.
A escolha dos doadores é responsabilidade do médico, que dentro do possível, deverá garantir à receptora, maior semelhança fenotípica entre ela e a doadora. A mulher que doa, por sua vez, deve possuir as seguintes características: ter menos de 37 anos, ser fenotipicamente semelhante à receptora, ter histórico negativo de doenças genéticas familiares e testes laboratoriais negativos para AIDS, Sífilis e Hepatite B.
Um exemplo para esclarecer um pouco mais:
Teresa tem uma falência dos ovários e não produz mais óvulos, no entanto sonha em gerar uma criança. Uma outra mulher, Fernanda, está iniciando sua vida profissional, quer ter filhos, mas não sabe quando este projeto vai caber na sua vida e tem consciência de que sua vida reprodutiva pode declinar após os 35 anos, justamente quando estará chegando ao auge de sua carreira. Fernanda é previdente e deseja preservar seus óvulos que ainda estão jovens. Para as duas realizarem seus sonhos, Teresa usará alguns óvulos de Fernanda e ajudará a custear o congelamento de óvulos dela. Elas não se conhecem, mas sabem que estão colaborando com o planejamento de outras famílias ou futuras famílias.”
O Vida – Centro de Fertilidade disponibiliza um programa de doação compartilhada de óvulos. Caso tenha interesse de participar ou mesmo de saber mais sobre esse programa, marque uma consulta com um de nossos médicos.
Depoimento de uma paciente que participou do programa como doadora:
“Creio mesmo ser uma grande oportunidade, poder ajudar a realizar esse meu sonho e de outra pessoa. Eu compreendi que o que eu estava doando não era meu, não me pertencia, na verdade tudo isso pertence a Deus.
Sim, biologicamente haverá partes de mim por aí, contudo, isso na verdade me conforta, e me deixa em paz saber que essas “partes” serão tão amadas quanto a minha filha, porque eu sei que esses casais, se empenharam tanto quanto nós.
Então, faria tudo novamente, mesmo que não fosse em troca de nada, apenas para poder proporcionar a vida de alguma forma, tanto a uma criança que nasce quanto a uma família que a deseja”