Avaliação da Fertilidade Feminina
A investigação da fertilidade na mulher deve ser feita de acordo com a faixa etária, levando-se em conta que, com o avançar da idade, as dificuldades para obter a gravidez aumentam. Assim, mulheres com até 28 anos podem iniciar a investigação após de um ano tentando engravidar sem sucesso. Entre 29 e 35 anos, a investigação deve ser realizada após seis meses de tentativas sem sucesso e, a partir dessa idade, a espera não deve ultrapassar os três meses.
Existem exames que podem ajudar a avaliar a fertilidade da mulher. Somente o especialista vai poder indicar a melhor opção para cada caso. São eles:
- Avaliação hormonal: realização de dosagens de hormônios produzidos por glândulas que estão relacionadas ao processo da ovulação, ou seja, hormônios hipofisários (FSH e LH), ovarianos (estrogênio e progesterona) e tireoidianos (TSH, T3 e T4). A dosagem dos hormônios hipofisários entre o terceiro e quinto dias do ciclo menstrual, permite avaliar a reserva de óvulos que existe dentro dos ovários.
- Ultrassonografia transvaginal: avaliação da anatomia pélvica, principalmente útero e ovários.
- Histerossalpingografia: exame radiológico que utiliza contraste para avaliação da cavidade uterina e da permeabilidade tubária.
- Vídeo-histeroscopia: avaliação da cavidade uterina e análise funcional do endométrio (se está compatível com o período do ciclo que está sendo examinado).
- Videolaparoscopia: procedimento realizado em ambiente cirúrgico que permite a avaliação completa da anatomia pélvica, permeabilidade das trompas e pesquisa de endometriose.
Avaliação da Fertilidade Masculina
Em 60% dos casos de infertilidade masculina são encontradas alterações no sêmen. Para determinar a forma, o número e o grau de motilidade, ou seja, a capacidade que os espermatozoides têm de se mover, é necessário fazer um espermograma.
Por meio de um exame feito adequadamente, o clínico pode solucionar ou orientar boa parte dos casos de infertilidade conjugal que chegam ao consultório. Porém, apesar de ser um exame de baixa complexidade, ele requer uma metodologia extremamente minuciosa e, por isso, são poucos os laboratórios aptos a executá-lo corretamente.
Capacitação espermática
Para a realização do exame, uma pequena quantidade de sêmen é examinada em câmaras de contagem especiais, que são levadas ao microscópio. Os laboratórios de sêmen das clínicas de reprodução assistida costumam incorporar a capacitação espermática ao exame seminal. A capacitação consiste em separar os espermatozoides com motilidade progressiva rápida.
Os espermatozoides são classificados, quanto à motilidade, em quatro tipos diferentes: aqueles que têm um movimento direcional rápido (tipo A), os com movimento direcional lento, ou que se movimentam sem uma direção definida (tipo B), os que se movimentam, mas não saem do lugar (tipo C) e aqueles que são imóveis (tipo D). Os únicos espermatozoides capazes de fertilizar os óvulos espontaneamente são os do tipo A. Estes são os que conseguem chegar ao óvulo e penetrá-lo, fecundando-o.
A capacitação espermática é uma prévia do que se fará durante o tratamento do casal, caso seja necessário utilizar a reprodução assistida. O teste informa ao médico a técnica a ser utilizada, pela avaliação da quantidade de espermatozoides do tipo A recuperados a partir do sêmen fresco. Estes ficam em suspensão em meio de cultivo, que funciona como um caldo nutritivo com a mesma composição do fluido das trompas da mulher. Essa suspensão é incubada em condições adequadas, similares ao organismo humano. Assim, é possível verificar o tempo de sobrevida dos espermatozoides.
Quais os cuidados com o seu exame?
A coleta para o exame do sêmen é, para a grande maioria dos homens, uma situação constrangedora. Por isso, o Vida – Centro de Fertilidade preocupou-se em montar um ambiente discreto e com todo o conforto para o paciente.
Ao marcar o exame, é solicitado um período de abstinência sexual de dois a sete dias. Respeitar esse intervalo é importante, pois representa os períodos habituais entre as relações sexuais da maioria dos casais. Além disso, a coleta com uma abstinência de apenas 24 horas diminui o número de espermatozoides e um período superior a sete dias pode aumentar a quantidade de espermatozoides imóveis e mortos.