Recentemente, a mídia deu destaque a um caso inédito até então no país: uma mulher, de 39 anos, deu à luz um bebê gerado por inseminação artificial, a partir do semên de seu marido que havia falecido. O caso aconteceu no estado do Paraná. Veja, abaixo, a matéria do portal R7.
A professora Kátia Limermeier tentava engravidar de Roberto, quando ele descobriu que tinha câncer. O médico que o atendia recomendou que antes das sessões de quimioterapia ele congelasse o sêmen. Depois de um ano, Roberto morreu.
No entanto, ele não havia deixado nenhum documento escrito, permitindo o uso do material colhido, caso falecesse. Para cumprir uma promessa que fez ao marido, Kátia então começou a brigar na Justiça para realizar o sonho de ter um filho dele e ganhou a decisão. Luisa Roberta nasceu no último dia 20, com 45cm e 2,7kg.
Coincidentemente, já tive uma paciente que passou por uma situação parecida, em que o marido deixou sêmen congelado e, devido a um acidente, encontra-se hoje em coma profundo irreversível. É muito importante que o casal, caso descubra algum tipo de doença que possa comprometer a saúde fértil do homem, tenha consciência de que não basta apenas congelar o sêmen, mas também deixar autorização expressa de que é da vontade de ambos que o material colhido seja utilizado em procedimentos de reprodução assistida, inclusive no caso de morte ou doença grave do parceiro. Por mais que o assunto seja sensível e muitas vezes difícil de ser tratado, vale a reflexão. Para evitar tais situações, o ideal é adotar como rotina o preenchimento de um formulário pelo casal, definindo o destino de todo material criopreservado (sêmen, óvulos ou embriões) no momento em que optam pela criopreservação (congelamento).
Dr. Paulo Gallo
Diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or
Mulher tem bebê gerado com sêmen de marido morto
Professora do Paraná ganha causa na Justiça e se torna primeiro caso brasileiro
Do R7, com Rede Record
Uma mulher deu à luz a uma menina nesta segunda-feira (20), no Paraná, depois de engravidar do marido já morto, por meio de inseminação artificial. A professora Kátia Limermeier é a primeira mulher no Brasil a conseguir o feito na Justiça. Um caso como esse foi registrado apenas na Austrália.
Seu marido morreu em fevereiro de 2010 de câncer. O Conselho Federal de Medicina chegou a impedir que o médico fizesse a inseminação, já que ele não havia deixado uma autorização por escrito.
A professora disse que o casal decidiu armazenar o esperma desde que descobriram que seu marido estava com câncer. Essa seria a garantia de que poderiam ter filhos no futuro.
Confira a matéria no portal R7.