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Conheça mais sobre a técnica que pode preservar a fertilidade de mulheres que enfrentam o câncer

Saiba mais sobre como diagnosticar precocemente o câncer de mama e entenda como congelamento de óvulos e tecido ovariano pode ajudar mulheres que enfrentam essa batalha a realizar o sonho da maternidade.

Outubro Rosa é um movimento internacional que procura ampliar a difusão das práticas de prevenção e tratamento do câncer de mama estimulando a participação da população, empresas e entidades. O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama e mamografia e, sobretudo nos últimos 20 anos, passou a ter uma amplitude mundial. Nós aqui no Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or também acreditamos na enorme importância do engajamento nesse movimento e apoiamos o Outubro Rosa, visando conscientizar ainda mais a população feminina para esses cuidados.

Hoje, no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo de carcinoma que mais mata entre as mulheres. Em 2013, o número de mortes em decorrência do câncer de mama foi 14.388, sendo 181 homens e 14.207 mulheres. Para 2015, a estimativa é 57.120 novos casos.

Para as mulheres, os seios são uma região especial do corpo. Não só definem sua feminilidade, como são um elemento de ligação com os filhos, ao amamentar, e parte fundamental de sua identidade e autoestima. Talvez por isso, a prevenção do câncer de mama enfrente ainda tanta resistência. A doença assusta pela alta incidência, mas, principalmente, pelos efeitos psicológicos que causa.

Mas nem tudo são más notícias. Os especialistas são unânimes: com o avanço em diagnóstico e tratamento, é possível detectar a enfermidade cada vez mais cedo e curá-la na maior parte dos casos.

Entenda mais sobre o câncer de mama

O câncer é um desenvolvimento anormal das células, que crescem substituindo o tecido saudável e podem invadir outros órgãos ou regiões. Ainda não há uma forma de se evitar a doença, mas, sim, de detectá-la em seus estágios iniciais. Quanto mais cedo é descoberta, maiores são suas chances de cura.

Apesar de não se saber ao certo o que causa o câncer de mama, sabe-se que alguns fatores de risco são determinantes para seu aparecimento. A existência de casos na família é um dos mais importantes. Mulheres que têm mãe ou irmãs que já apresentaram a doença antes de 50 anos são consideradas parte do grupo de risco e devem manter um acompanhamento constante. O fator genético está relacionado apenas entre 5% e 10 % dos tumores, os outros 90% são tumores ditos esporádicos. Outros grupos de mulheres também precisam ficar atentos. As que tiveram a menarca muito cedo, por volta de 12 anos, as que tiveram a primeira gestação depois dos 30 anos e as que entraram na menopausa tardiamente, após 50 anos. Sabemos que quanto mais ciclos ovulatórios a mulher tem durante sua vida, ela terá um aumento da incidência do tumor.

Mamografia – sua maior aliada

A mamografia – exame investigativo das mamas e das porções das axilas mais próximas à área – é a principal forma de detecção precoce do câncer de mama, sendo a única capaz de diagnosticar lesões pequenas, mesmo quando essas ainda não são palpáveis.

Algumas mulheres, porém, não o fazem com medo da dor que a compressão pode causar. É importante lembrar que sua principal função é tornar a mama mais uniforme, para reduzir a dose de radiação durante o exame. A compressão deve ser aplicada gradualmente e tem curta duração. Quando as mamas são comprimidas de forma adequada, os médicos obtêm uma imagem radiográfica de maior qualidade, o que ajuda e muito no diagnóstico. Por isso, o ideal é realizar a mamografia logo após a menstruação, quando a região está menos sensível, para reduzir o desconforto.

Mas lembre-se: prestar atenção ao próprio corpo é sempre importante. Ao notar sintomas como nódulos, regiões endurecidas, secreção da mama fora do período de aleitamento e feridas no bico do seio sem causa aparente, a mulher deve procurar seu médico imediatamente. Não necessariamente o caso será de câncer, mas há diversas outras doenças das mamas que devem ser tratadas com cuidado.

Congelamentos de óvulos e tecido ovariano – opção para preservar a fertilidade

Com a preocupação principal de preservar a fertilidade, muitas mulheres, ao receberem o diagnóstico do câncer recorrem à técnica de congelamento de óvulos com a intenção de terem sua fertilidade preservada.

As etapas do processo de congelamento lembram o início de um tratamento de fertilização: a paciente recebe injeções com hormônios por um período de aproximadamente 14 dias para estimular a produção de óvulos; e seções de ultrassonografia acompanham as alterações ovarianas para determinar o momento exato da aspiração. A partir da coleta dos óvulos, procedimento realizado em ambiente cirúrgico, as células são examinadas e, em vez de serem fecundadas e implantadas no útero, são vitrificadas minutos depois, a uma temperatura de -196ºC e transferidas para um contêiner com nitrogênio líquido. Trata-se do ritual de congelamento de óvulos, que tem chamado a atenção de especialistas pelo aumento intenso da procura nos últimos meses.

Em um estudo recente, publicado na revista Human Reproduction, pesquisadores dinamarqueses descobriram que as mulheres cujos ovários foram removidos e congelados poderiam engravidar no futuro se os ovários fossem transplantados de volta alguns anos depois. A pesquisa mostrou que o transplante não só é bem sucedido, mas também que a reintrodução do tecido ovariano não sugere remissão do câncer.

Saiba mais sobre a técnica de congelamento de óvulos

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