Site da revista Crescer destaca o trabalho de colaboração da especialista em reprodução assistida Maria Cecília Erthal com a produção da nova novela das 18h da Rede Globo, “Escrito nas Estrelas”.
Escrito nas estrelas: por trás das câmeras
Conheça quem é a médica que faz consultoria técnica para a novela das seis, da Rede Globo
Por Thais Lazzeri
Escrito nas Estrelas, a nova novela das seis da Rede Globo, mal começou e já levanta uma polêmica: fazer um tratamento de reprodução assistida após a morte do dono do sêmen. Para reproduzir com exatidão uma clínica de fertilização e dar ainda mais realismo à trama, a equipe da novela conta com a consultoria técnica da médica Maria Cecília Erthal, ginecologista e diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or (RJ). Antes mesmo de a novela ir ao ar, ela recebeu a visita do ator Humberto Martins (que interpreta Ricardo, dono de uma clínica de fertilização), que fez um laboratório com ela para saber como é o dia a dia de um profissional dessa área. Ela também ajudou na montagem do cenário e, hoje, recebe partes específicas do roteiro que tratam sobre reprodução assistida para ver se o jeito que está sendo tratado é o real. “Como não existe uma legislação específica para os tratamentos de reprodução assistida, mostro sempre para a equipe todas as possibilidades envolvidas”, afirma.
Ricardo (Humberto Martins) e Daniel (Jayme Matarazzo)
Sim, ela soube com muita antecedência que a novela abordaria a questão do uso do sêmen para reprodução assistida depois da morte do doador. E ela não é contra o procedimento. “Eu acredito que cada caso deve ser avaliado separadamente. Não dá para tratar todos da mesma maneira. Se existia um projeto de vida do casal, se eles queriam muito aquela criança, se quem ficou tem condições da dar segurança para o bebê, por que não permitir? Você tem de acolher essa família. É preciso avaliar com calma para ser justo”, diz.
Maria Cecília afirma ainda que a novela tem outro papel muito importante: estimular debates sobre o tratamento de reprodução assistida, que até hoje não tem uma regulamentação específica no Brasil. “A ciência avançou rapidamente. As leis não seguiram essa velocidade”, diz. Quem sabe a novela não consiga fazer a reprodução caminhar junto com a lei.