Quando uma mulher decide engravidar e começa a ter dificuldades, uma das primeiras coisas de que ouvimos falar é da Reserva Ovariana. Entenda o que é e como podemos avaliá-la.
Reserva Ovariana: Estamos constantemente vivendo mudanças, seja no âmbito pessoal ou cultural. O ser humano muda, e, consequentemente, o contexto social também. Há alguns anos atrás a maioria das mulheres de 30 e poucos anos já tinha prole constituída, com pelo menos um filho. Atualmente, grande parte das mulheres nesta faixa etária está focada em trabalho, estudo, viagens, entre outros… adiar a gravidez tem se tornado cada vez mais comum. Dados recentes do IBGE mostram que, em 2015, 30,8% dos recém-nascidos tinham mães entre 30 e 39 anos. Em 2005, eram apenas 22,5%.
O que muitos não levam em consideração é que nem sempre é fácil engravidar naturalmente conforme os anos chegam. Com o passar do tempo, ocorrem no corpo feminino mudanças significativas que dificultam a chance de sucesso da concepção. A quantidade de óvulos disponível no corpo feminino (a reserva ovariana) cai consideravelmente conforme a idade avança. A partir dos 30 anos de idade, a fertilidade feminina começa a diminuir, e após os 35 anos passa a reduzir acentuadamente, ano após ano.
Toda mulher nasce com aproximadamente 1 a 2 milhões de óvulos, chegando à puberdade com apenas cerca de 300 a 500 mil. A cada ciclo menstrual são perdidos cerca de 1000 óvulos, independente do uso de pílula anticoncepcional. O processo de perda e consumo de óvulos ocorre por atresia (morte celular), e isso não pode ser evitado com medicamentos.
Os exames que avaliam a reserva ovariana da mulher não são rotineiramente solicitados pelos ginecologistas em consultas de rotina. A recomendação de praxe é que mulheres de até 35 anos devem tentar engravidar naturalmente durante um ano, se não obtiverem sucesso devem iniciar a investigação (através dos testes de reserva ovariana).
Hoje em dia a medicina oferece algumas opções para ajudar mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade, e que já apresentam baixa reserva ovariana. Em algumas situações a mulher pode apenas se utilizar de algumas medicações para estímulo ovariano e conseguir resolver o problema. Em outros, quando a reserva já está muito baixa, o ideal é a Fertilização in vitro (FIV). Com a Fertilização in vitro, muitas etapas da fecundação natural são otimizadas, e com isso o casal tem a maior chance possível de engravidar em um menor prazo.
Através de quais exames conseguimos medir a reserva ovariana?
– Contagem de Folículos Antrais
Como é realizado? Método prático, realizado através de ultrassonografia transvaginal. Através da imagem, é feita a contagem de folículos com diâmetro de 2 a 10 mm que a mulher apresenta naquele mês. Menos de dez, indicam baixa reserva; mais de 20, é considerada uma excelente reserva de folículos.
Quando deve ser realizado? Deve ser feito nos primeiros dias do ciclo menstrual, idealmente entre o terceiro e o quinto dia do ciclo.
Convênio cobre? Sim.
– FSH
Como é realizado? Exame de sangue simples que mede o hormônio folículo-estimulante (FSH), que é o indutor natural do ovário. Este hormônio determina o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos. Sua produção é regulada por hormônios produzidos nos ovários, como o Estradiol e a Inibina B. Quanto maior a presença desses dois hormônios, menores são os níveis de FSH. Com a idade avançada da mulher, a concentração sanguínea de FSH aumenta, pois a quantidade de folículos diminui, e, consequentemente, a produção de estradiol e Inibina B também. A dosagem deste hormônio dá uma ideia da reserva ovariana, mas pode oscilar em mulheres com baixa reserva ovariana.
Quando deve ser realizado? Deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual.
Convênio cobre? Sim.
– AMH – Hormônio Antimülleriano
Como é realizado? Trata-se do exame de sangue mais moderno para estimar a reserva ovariana.O AMH é produzido pelas células da granulosa (ovário) dos folículos antrais e pré-antrais (pequenos). Quanto maior o número dos folículos no ovário, maior a reserva ovariana e concentração sanguínea de AMH. Este hormônio, diferente do FSH, não sofre variação expressiva dentro do ciclo menstrual e é um exame mais preciso, ou seja, com melhores chances de acerto.
Quando deve ser realizado? Qualquer fase do ciclo menstrual.
Convênio cobre? Não, custa de R$ 400 a R$ 800.
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