O mioma uterino, também conhecido como leiomioma, são tumores benignos que se desenvolvem no útero. Na maioria dos casos, são assintomáticos, mas podem causar diversos incômodos, como sangramento menstrual abundante, dor pélvica, infertilidade e aumento do útero.
Quando os miomas causam sintomas que interferem na qualidade de vida da mulher, a cirurgia pode ser considerada uma opção de tratamento. Diversas técnicas cirúrgicas estão disponíveis, cada uma com suas vantagens e desvantagens.
Neste guia detalhado, você encontrará informações completas sobre as cirurgias de miomas uterinos
Tipos de Cirurgias de Mioma Uterino
Miomectomia:
A miomectomia é a remoção cirúrgica dos miomas, preservando o útero. É a técnica preferível para mulheres que desejam engravidar no futuro. Pode ser realizada por diversas vias:
- Laparoscopia: Cirurgia minimamente invasiva realizada por pequenos cortes no abdômen, com a introdução de instrumentos e uma câmera. Permite recuperação mais rápida e menos dor.
- Histeroscopia: Cirurgia realizada através da vagina e do colo do útero, utilizando um histeroscópio (instrumento óptico). Ideal para miomas submucosos (dentro da cavidade uterina).
- Laparotomia: Cirurgia aberta realizada por um corte maior no abdômen. Utilizada em casos mais complexos ou quando outras técnicas não são viáveis.
Miomolisis:
Técnica de destruição dos miomas sem removê-los. Pode ser realizada por:
- Embolização: Bloqueio do fluxo sanguíneo para o mioma, causando sua morte e reabsorção.
- Crioablação: Congelamento do mioma, destruindo suas células.
- Radiofrequência: Utilização de ondas de radiofrequência para gerar calor e destruir o mioma.
Detalhes da Histerectomia:
A histerectomia é a remoção total do útero, incluindo os miomas. É a última opção, considerada quando o mioma uterino é numeroso, muito grandes ou causam sangramento incontrolável. Pode ser realizada por laparoscopia, histeroscopia ou laparotomia.
Escolha da Técnica Cirúrgica:
A escolha da técnica cirúrgica para remover um mioma uterino ideal depende de diversos fatores, como:
- Tamanho e localização dos miomas: Miomas pequenos e submucosos podem ser candidatos à histeroscopia, enquanto miomas maiores ou intramurais (dentro da parede uterina) podem requerer miomectomia por laparoscopia ou laparotomia.
- Desejo de engravidar: A miomectomia preserva o útero, enquanto a histerectomia elimina a possibilidade de gravidez.
- Gravidade dos sintomas: Miomas que causam sangramento intenso, dor pélvica ou outros sintomas graves podem necessitar de histerectomia.
- Saúde geral da mulher: Pacientes com comorbidades
- Preferência da paciente: A paciente deve ser envolvida na tomada de decisão, considerando os riscos, benefícios e expectativas de cada opção.
Recuperação Pós-Cirúrgica:
O tempo de recuperação varia de acordo com o tipo de cirurgia e a extensão do procedimento. Geralmente, as cirurgias minimamente invasivas (laparoscopia, histeroscopia) apresentam recuperação mais rápida do que a laparotomia.
- Dor: É comum sentir dor após a cirurgia, que pode ser controlada com analgésicos.
- Sangramento: Pode ocorrer sangramento vaginal, especialmente após miomectomia ou histerectomia.
- Fadiga: É normal sentir fadiga nas primeiras semanas após a cirurgia.
- Retorno às atividades: O retorno às atividades normais varia de acordo com o tipo de cirurgia e a recuperação individual.
Complicações:
As complicações cirúrgicas re remoção de um mioma uterino são relativamente raras, mas podem ocorrer. Alguns possíveis sintomas e riscos incluem:
- Infecção: Pode ocorrer em qualquer cirurgia.
- Hemorragia: Sangramento excessivo durante ou após a cirurgia.
- Lesão de órgãos adjacentes: Pode ocorrer em casos mais complexos.
- Trombose venosa profunda: Formação de coágulos sanguíneos nas pernas.
- Embolia pulmonar: Deslocamento de um coágulo sanguíneo para os pulmões.
Considerações Pós-Cirúrgicas:
- Acompanhamento médico: É importante realizar consultas de acompanhamento regulares para monitorar a recuperação e detectar possíveis complicações.
- Anticoncepção: Após a histerectomia, a mulher não precisa mais de métodos contraceptivos. Após miomectomia, é necessário utilizar métodos contraceptivos se desejar evitar gravidez.
- Menopausa: A histerectomia pode induzir menopausa precoce, dependendo da idade da mulher.
Os miomas uterinos, também conhecidos como leiomiomas, são tumores benignos que se desenvolvem no útero. Na maioria dos casos, são assintomáticos, mas podem causar diversos incômodos, como sangramento menstrual abundante, dor pélvica, infertilidade e aumento do útero.
Quando os miomas causam sintomas que interferem na qualidade de vida da mulher, a cirurgia pode ser considerada uma opção de tratamento. Diversas técnicas cirúrgicas estão disponíveis, cada uma com suas vantagens e desvantagens.
O CFM reconhece a importância da cirurgia de mioma uterino.
A miomolisis é um conjunto de técnicas minimamente invasivas que visam a destruir os miomas uterinos sem removê-los. É uma alternativa à miomectomia cirúrgica e à histerectomia, especialmente para mulheres que desejam preservar o útero e a fertilidade.
O CFM reconhece que a miomectomia pode ser uma opção eficaz para preservar a fertilidade, mas destaca que a taxa de recorrência dos miomas após a cirurgia pode ser significativa.
A histerectomia é considerada uma medida definitiva para o tratamento de miomas, mas elimina a possibilidade de gravidez.
O CFM ressalta a importância de mais pesquisas para avaliar a eficácia a longo prazo das diferentes opções de tratamento para miomas uterinos, seus riscos e benefícios em diferentes populações e as indicações precisas para cada caso.
