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Gestação Gemelar: Entenda a relação com tratamentos de reprodução assistida

O ciclo natural…

Durante um ciclo ovulatório natural, a mulher, na maior parte das vezes, libera um único óvulo. Esse óvulo caminha no interior da trompa para encontrar o espermatozoide. Quando há o encontro e ocorre a fecundação, o óvulo fecundado inicia o processo de divisão celular e vai avançando em direção à cavidade uterina, para implantar-se na camada interna do útero, onde o bebê irá se desenvolver.

A gestação gemelar pode ocorrer de duas maneiras. A mais frequente é quando a mulher libera dois óvulos em um ciclo. Ambos percorrem o trajeto pelas trompas e ficam aguardando os espermatozoides para serem fecundados. Se ambas fecundações forem bem-sucedidas, cada óvulo fecundado originará um embrião. Neste caso, teremos gêmeos dizigóticos, também conhecidos como bivitelinos, ou fraternos. A outra forma é quando o zigoto, por um processo ainda pouco esclarecido, se divide em duas partes iguais e cada uma origina um bebê. Neste caso, ao contrário dos dizigóticos, os gêmeos serão idênticos e, claro, do mesmo sexo.

Com a reprodução assistida…

No tratamento de reprodução assistida, para aumentar as chances de gravidez, a mulher recebe medicações que estimulam o ovário a liberar mais óvulos naquele ciclo. Quando se trata de fertilização in vitro, os óvulos coletados são encaminhados para o laboratório, preparados e fertilizados com os gametas masculinos (espermatozoides) e, no dia seguinte, é verificado se as fertilizações obtiveram sucesso.

Em muitos casos mais de um óvulo é fertilizado com sucesso, gerando embriões prontos para serem transferidos para o útero materno. O médico, juntamente com a paciente, decide quantos embriões serão transferidos. São feitas então algumas análises como a qualidade dos embriões, o histórico da paciente e o fator de infertilidade. É uma decisão extremamente delicada, pois é preciso considerar o enorme desejo da maternidade-paternidade e os riscos que uma gestação múltipla pode oferecer à mulher.

A gestação múltipla é considerada um problema de saúde pública e os tratamentos de reprodução assistida são considerados grandes responsáveis pelo aumento da incidência deste tipo de gestação. Hoje em dia existem muitos estudos que comprovam que a transferência de mais de um embrião não aumenta as chances de sucesso na maior parte dos casos. Por isso, cabe ao médico informar aos pacientes qual o melhor caminho a ser tomado em cada caso especificamente.

Cabe aos embriologistas classificar os embriões e selecionar os embriões com melhor potencial de implantação. Aqueles que não forem selecionados, podem ficar armazenados no laboratório para serem transferidos quando o casal desejar, seja por não ter havido gestação, seja pelo desejo de mais um bebê.

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